segunda-feira, 31 de julho de 2017

Cloridrato de fluoxetina

Para que serve Cloridrato de fluoxetina

O cloridrato de fluoxetina é indicado para o tratamento da depressão, associada ou não à ansiedade. Também é indicado para o tratamento da bulimia nervosa, do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e do transtorno disfórico prémenstrual (TDPM), incluindo tensão prémenstrual (TPM), irritabilidade e disforia (mal-estar provocado pela ansiedade).
Ação esperada de Cloridrato de fluoxetina
O cloridrato de fluoxetina aumenta os níveis de serotonina no cérebro, resultando em melhora dos sintomas da depressão, associada ou não à ansiedade, da bulimia nervosa, do transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e do transtorno disfórico prémenstrual. 
A resposta terapêutica de cloridrato de fluoxetina é observada algumas semanas após o início do tratamento. No entanto,se o paciente não apresentar melhora dos sintomas, o médico deverá avaliar e reajustar a dose recomendada. 
O cloridrato de fluoxetina é bem absorvido após administração oral. Concentrações plasmáticas máximas são alcançadas dentro de 6 a 8 horas.

Precauções e advertências de Cloridrato de fluoxetina

Assim como com outros medicamentos usados no tratamento da depressão, o cloridrato de fluoxetina deve ser administrado com cuidado a pacientes com história de convulsões. Em pacientes com diabetes, ocorreu hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue) durante a terapia com cloridrato de fluoxetina e hiperglicemia (alta taxa de açúcar no sangue) após a suspensão de cloridrato de fluoxetina. Portanto, a dose de insulina e/ou hipoglicemiante oral deve ser ajustada quando o tratamento com cloridrato de fluoxetina for estabelecido e após a sua suspensão.
Não foram observadas diferenças na segurança e eficácia do cloridrato de fluoxetina entre pacientes idosos e jovens. Outros relatos de experiências clínicas não identifi caram diferenças nas respostas de pacientes jovens ou idosos, mas uma sensibilidade maior de alguns indivíduos idosos não pode ser excluída.
A possibilidade de uma tentativa de suicídio é característica de um quadro depressivo e de outras desordens psiquiátricas. Assim como outros antidepressivos, com atividade farmacológica semelhante, casos isolados de ideação e comportamentos suicidas foram relatados durante o tratamento com o cloridrato de fluoxetina ou logo após a interrupção do tratamento.
Embora não tenha sido estabelecida uma relação causal exclusiva para o cloridrato de fluoxetina em induzir a tais comportamentos, uma avaliação em conjunto de vários antidepressivos (incluindo cloridrato de fluoxetina) indica um aumento de risco potencial para ideias e comportamentos suicidas em pacientes pediátricos e adultos jovens (< 25 anos), em comparação ao placebo. O médico deve ser consultado imediatamente caso o paciente, independente da sua idade, relatar quaisquer pensamentos suicidas em qualquer fase do tratamento; o médico deve orientar os pacientes a relatarem a qualquer momento aflições ou sentimentos diferentes observados durante o tratamento.
O cloridrato de fluoxetina deve ser utilizado com cuidado em pacientes com pressão intraocular elevada ou naqueles que tenham risco de glaucoma de ângulo estreito agudo (doença caracterizada pelo aumento da tensão intraocular que causa intensa dor nos olhos e perda repentina da visão).
A segurança e eficácia do cloridrato de fluoxetina em crianças ainda não foram estabelecidas.
Erupção de pele, reações de hipersensibilidade imediata e sistêmica (reações anafilactoides) e reações sistêmicas progressivas, algumas vezes graves e envolvendo pele, fígado, rins ou pulmões foram relatadas por pacientes tratados com cloridrato de fluoxetina. Após o aparecimento de erupção cutânea ou de outra reação alérgica para a qual uma causa não pode ser identificada, o cloridrato de fluoxetina deverá ser suspenso.
Cloridrato de fluoxetina pode interferir na capacidade de julgamento, pensamento e ação. Portanto, durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, até que tenha certeza de que seu desempenho não foi afetado.
Foram relatados casos de hiponatremia (diminuição na concentração de sódio no sangue) em pacientes sob tratamento com o cloridrato de fluoxetina. A maioria desses casos ocorreu em pacientes idosos e em pacientes que estavam tomando diuréticos (medicamentos que facilitam a eliminação de urina) ou com diminuição da quantidade de líquidos no organismo.
O cloridrato de fluoxetina também deve ser usado com cuidado em pacientes diabéticos, pois foram relatados casos de hipoglicemia (diminuição de açúcar no sangue) no uso de cloridrato de fluoxetina com hipoglicemiantes orais e insulina, e hiperglicemia (aumento de açúcar no sangue) após a suspensão de cloridrato de fluoxetina. Nestes pacientes, a dose deve ser ajustada pelo médico e o paciente precisa de acompanhamento, tanto durante o tratamento, quanto após a suspensão do mesmo.

Interações medicamentosas de Cloridrato de fluoxetina

 cloridrato de fluoxetina e outras classes de medicamentos: cloridrato de fluoxetina deve ser administrado com cuidado em pacientes que estejam tomando os seguintes medicamentos:
  • medicamentos que são metabolizados por um subgrupo específico de enzimas produzidas pelo fígado: Sistema P4502D6. Peça ao seu médico informações mais detalhadas sobre essa classe de medicamentos;
  • medicamentos que agem no sistema nervoso central, tais como: fenitoína, carbamazepina, haloperidol, clozapina, diazepam, alprazolam, lítio, imipramina e desipramina;
  • drogas que se ligam às proteínas do plasma;
  • ácido acetilsalicílico (ex: ASPIRINA®) e;
  • anti-inflamatórios não estereoidais. Peça ao seu médico informações mais detalhadas sobre essa classe de medicamentos.
Efeitos anticoagulantes alterados (valores de laboratório e/ou sinais clínicos e sintomas), incluindo sangramento, sem um padrão consistente, foram reportados com pouca frequência quando o cloridrato de fluoxetina e a varfarina foram coadministrados.
Portanto, os pacientes em tratamento com varfarina devem ser cuidadosamente monitorados quanto à coagulação quando se inicia ou interrompe o tratamento com o cloridrato de fluoxetina.
• cloridrato de fluoxetina e tratamento eletroconvulsivo: houve raros relatos de convulsões prolongadas em pacientes usando cloridrato de fluoxetina juntamente com tratamento eletroconvulsivo.
• cloridrato de fluoxetina e bebidas alcoólicas: em testes formais, cloridrato de fluoxetina não aumentou os níveis de álcool no sangue ou intensifi cou os efeitos do álcool. Entretanto, a combinação de cloridrato de fluoxetina e álcool não é aconselhável.
• cloridrato de fluoxetina e alimentos: cloridrato de fluoxetina pode ser administrado com alimentos sem que interações ocorram.
• cloridrato de fluoxetina e ervas medicinais: a Erva de São João, também conhecida como Hypericum perforatum, pode interagir com o cloridrato de fluoxetina, aumentando os efeitos adversos como a síndrome serotoninérgica (caracterizada pelo conjunto de características clínicas de alterações no estado mental e na atividade neuromuscular em combinação com disfunção do sistema nervoso autônomo).
• cloridrato de fluoxetina e nicotina: não há estudos que relatem a possibilidade de interação entre cloridrato de fluoxetina e nicotina.
• cloridrato de fluoxetina e exames laboratoriais e não laboratoriais: não há estudos em humanos a respeito desta interação.
Foram relatadas as seguintes reações adversas com o cloridrato de fl uoxetina:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam cloridrato de fluoxetina): diarreia, náusea, cansaço (fadiga) [incluindo astenia (perda ou diminuição da força muscular)], dor de cabeça e insônia (incluindo despertar cedo, insônia inicial, insônia de manutenção do sono).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam cloridrato de fluoxetina): palpitações, visão turva, boca seca, desconforto gastrointestinal (dispepsia), vômitos, calafrios, sensação de tremor, diminuição de peso, diminuição do apetite (incluindo anorexia), distúrbio de atenção, vertigem, alteração do paladar (disgeusia), sensação de lentidão de movimentos e raciocínio (letargia), sonolência (incluindo hipersonia e sedação), tremor, sonhos anormais (incluindo pesadelos), ansiedade, diminuição do desejo sexual (diminuição da libido) [incluindo perda da libido], nervosismo, cansaço, distúrbio do sono, tensão, micções (ato de urinar) frequentes ou anormalmente frequentes (polaciúria), distúrbios da ejaculação, sangramentos e hemorragias ginecológicas, disfunção erétil, bocejo, suor em excesso (hiperidrose), coceira (prurido), erupções da pele, erupções da pele com coceira (urticária) e rubor (incluindo fogachos).


Nenhum comentário:

Postar um comentário