Cloridrato de venlafaxina (cápsula)
Antidepressivo indicado para alguns tipos de depressão do espectro monopolar.
Apresentação de Cloridrato de venlafaxina
Uso OralUso Adulto
Composição de Cloridrato de venlafaxina
Cada cápsula de liberação controlada contém:
cloridrato de venlafaxina .... 42,4 mg(1) .... 84,8 mg(2) .... 169,6 mg(3)
excipientes q.s.p. ............. 1 cápsula ........ 1 cápsula ....... 1 cápsula
(sacarose, amido, talco, hipromelose, etilcelulose, triacetina)
(1) correspondente a 37,5 mg de venlafaxina
(2) correspondente a 75 mg de venlafaxina
(3) correspondente a 150 mg de venlafaxina
Laboratório: Medley
Cápsulas de liberação controlada de 37,5 mg, 75 mg e 150 mg:
embalagens com 15 ou 30 cápsulas.
Ação esperada de Cloridrato de venlafaxina
A venlafaxina, substância presente neste medicamento, e a O-desmetilvenlafaxina (ODV), seu metabólito ativo, são inibidores da recaptação neuronal de serotonina, norepinefrina e dopamina, ou seja, ele aumenta a quantidade de determinadas substâncias (serotonina, norepinefrina e dopamina) no sistema nervoso levando à melhora dos quadros de depressão.
Tempo estimado para início da ação terapêutica de cloridrato de venlafaxina é de 3 a 4 dias.
Para que serve Cloridrato de venlafaxina
Cloridrato de venlafaxina está indicado para o tratamento da depressão, incluindo depressão com ansiedade associada, para prevenção de recaída e recorrência da depressão. Também está indicado para o tratamento, incluindo tratamento em longo prazo, do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), do Transtorno de Ansiedade Social (TAS) também conhecido como fobia social e do transtorno do pânico.
Precauções e advertências de Cloridrato de venlafaxina
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se está amamentando.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Recomenda-se que cloridrato de venlafaxina não seja interrompido bruscamente. A dose deve ser reduzida progressivamente de acordo com as instruções do seu médico.
As cápsulas de cloridrato de venlafaxina contêm pequenos grânulos que liberam cloridrato de venlafaxina lentamente no intestino. A parte destes grânulos que não é absorvida pelo organismo é eliminada e pode ser vista nas fezes.
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis durante o tratamento com cloridrato de venlafaxina. Foram observadas as seguintes reações mais comuns: dor de cabeça, fraqueza, calafrios, pressão alta, fogachos (sensação de calor), palpitações, redução do apetite, constipação, náusea, vômito, aumento do colesterol, perda de peso, sonhos anormais, tontura, boca seca, tensão muscular, insônia, nervosismo, sensação de formigamento, sedação (sonolência), tremor, confusão, alterações de comportamento, suor excessivo, alterações visuais, distúrbios sexuais, alteração urinária, distúrbios menstruais associados com aumento de sangramento ou sangramento irregular e frequência urinária aumentada.
Pacientes tratados devem ser apropriadamente monitorados e atentamente observados quanto à piora clínica e risco de suicídio.
Pacientes, familiares e cuidadores devem ficar alertas e informar ao médico sobre aparecimento de ansiedade, agitação, ataques de pânico, insônia, irritabilidade, hostilidade, agressividade, impulsividade, outras alterações incomuns de comportamento, piora da depressão e ideação suicida, principalmente no início do tratamento ou durante qualquer alteração de dose.
Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Como acontece com outras drogas psicoativas, os pacientes tomando cloridrato de venlafaxina devem ser advertidos para não operarem maquinaria perigosa ou dirigirem veículos motorizados, até constatar que não apresentam sonolência, tontura ou falta de coordenação motora.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Embora o uso de cloridrato de venlafaxina não tenha demonstrado intensificar as alterações mentais e motoras causadas pelo álcool, pacientes devem evitar consumir bebidas alcoólicas enquanto em tratamento com cloridrato de venlafaxina.
O cloridrato de venlafaxina deve ser usado com cuidado em pacientes portadores de insuficiência renal (prejuízo na função dos rins) ou hepática (prejuízo na função do fígado). Siga rigorosamente a orientação do seu médico.
Foi observada elevação da pressão arterial em alguns pacientes usando altas doses de cloridrato de venlafaxina e, por este motivo, deve-se fazer monitoramento regular da pressão arterial e acompanhamento médico.
Pode ocorrer midríase (dilatação da pupila) associada ao tratamento com cloridrato de venlafaxina. Recomenda-se monitorização rigorosa dos pacientes com pressão intraocular (do olho) elevada ou com risco de glaucoma (aumento rápido, abrupto, da pressão ocular).
Efeitos sobre as atividades que requerem concentração
Cloridrato de venlafaxina pode prejudicar o julgamento, o raciocínio ou as habilidades motoras. Até que você saiba como o cloridrato de venlafaxina lhe afeta, tenha cuidado ao realizar atividades que requeiram concentração, tais como dirigir ou operar máquinas. Abuso e dependência
Estudos clínicos não evidenciaram comportamento de busca por droga, desenvolvimento de tolerância ou elevação indevida de dose durante o período de uso
Interações medicamentosas de Cloridrato de venlafaxina
Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova. O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação ou da outra; isso se chama interação medicamentosa.
O uso concomitante (no mesmo período de tempo) de cloridrato de venlafaxina com medicamentos que aumentam a predisposição ao sangramento pode aumentar o risco de sangramentos espontâneos.
O uso de cloridrato de venlafaxina com outros medicamentos que podem aumentar a quantidade de serotonina no organismo (outros antidepressivos, antipsicóticos e antagonistas da dopamina) pode aumentar o risco de aparecimento da Síndrome Serotoninérgica (reação do corpo ao excesso de serotonina que cursa com inquietação, alteração do comportamento, rigidez muscular, aumento da temperatura, aumento da velocidade dos reflexos e tremores, que pode ser fatal); o uso com cetoconazol (antifúngico) pode aumentar a quantidade de cloridrato de venlafaxina no sangue; o uso do cloridrato de venlafaxina com antidepressivos do tipo IMAO pode levar a reações sérias, com possíveis alterações rápidas dos sinais vitais e do estado mental (vide “Quando não devo usar cloridrato de venlafaxina?”). O cloridrato de venlafaxina pode interferir nos resultados dos testes de urina para avaliar a presença de substâncias como fenciclidina e anfetaminas.
Posologia, dosagem e instruções de uso de Cloridrato de venlafaxina
Recomenda-se a administração de cloridrato de venlafaxina junto com alimentos, aproximadamente no mesmo horário todos os dias.
As cápsulas devem ser tomadas inteiras com algum líquido e não devem ser divididas, trituradas, mastigadas ou dissolvidas, ou podem ser administradas cuidadosamente abrindo-se a cápsula e espalhando todo o conteúdo em uma colher de purê de maçã. Esta mistura de medicamento/alimento deve ser engolida imediatamente sem mastigar, seguido de um copo de água para assegurar a completa absorção das esferas.
Depressão Maior
A dose inicial recomendada é de 75 mg, administrada uma vez por dia (1x/dia). Os pacientes que não respondem à dose inicial de 75 mg/dia podem beneficiar-se com o aumento da dose até, no máximo, 225 mg/dia. Para alguns pacientes pode ser desejável uma dose inicial de 37,5 mg/dia por 4 a 7 dias para permitir a adequação de novos pacientes à medicação antes do aumento para 75 mg/dia.
Transtorno de Ansiedade Generalizada
A dose inicial recomendada é de 75 mg, administrada uma vez por dia (1x/dia). Os pacientes que não respondem à dose inicial de 75 mg/dia podem beneficiar-se com o aumento da dose até, no máximo, 225 mg/dia. Para alguns pacientes pode ser desejável uma dose inicial de 37,5 mg/dia por 4 a 7 dias para permitir a adequação de novos pacientes à medicação antes do aumento para 75 mg/dia.
Fobia Social
A dose inicial recomendada é de 75 mg, administrada uma vez por dia (1x/dia). Não há evidências de que doses maiores proporcionem algum benefício adicional.
Transtorno do Pânico
Recomenda-se que a dose de 37,5 mg/dia de cloridrato de venlafaxina seja usada por 7 dias. Depois, a dose deve ser aumentada para 75 mg/dia. Os pacientes que não respondem à dose inicial de 75 mg/dia podem beneficiar-se com o aumento da dose até, no máximo, 225 mg/dia.
Descontinuando o uso de cloridrato de venlafaxina
Recomenda-se que cloridrato de venlafaxina não seja interrompido bruscamente. A dose deve ser reduzida progressivamente de acordo com as instruções do seu médico. O período necessário para descontinuação gradativa pode depender da dose, da duração do tratamento e de cada paciente individualmente.
Reações adversas de Cloridrato de venlafaxina
As reações adversas estão relacionadas abaixo:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam cloridrato de venlafaxina):
Cefaleia (dor de cabeça)*.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam cloridrato de venlafaxina):
Astenia/fadiga (cansaço), calafrios*, hipertensão, vasodilatação (principalmente sensação de calor), palpitações*, redução do apetite, constipação, náusea (enjoo), vômito, colesterol sérico aumentado (particularmente com administração prolongada e possivelmente com doses mais altas), perda de peso, sonhos anormais, diminuição da libido, tontura, boca seca, tônus muscular aumentado, insônia, nervosismo, parestesia, sedação (sonolência), tremor, confusão*, despersonalização*, bocejos, sudorese (incluindo suores noturnos), anormalidade de acomodação visual, midríase (dilatação da pupila), distúrbio visual, ejaculação/ orgasmo anormal (homens), anorgasmia, disfunção erétil, micção prejudicada (principalmente hesitação), distúrbios menstruais associados com aumento de sangramento ou aumento de sangramento irregular*, frequência urinária aumentada*.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam cloridrato de venlafaxina): Angioedema (inchaço de pele e mucosas que pode ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive vias aéreas)*, reação de fotossensibilidade (sensibilidade à luz), hipotensão*, hipotensão postural (queda da pressão quando mudança de posição), síncope (desmaio), taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), bruxismo*, diarreia*, equimose, sangramento de membrana mucosa*, hemorragia gastrintestinal (sangramentos do estômago/ intestinos)*, prova de função hepática anormal*, hiponatremia (diminuição do sódio no sangue)*, ganho de peso, apatia, alucinações, mioclonia (espasmos musculares), agitação*, coordenação e equilíbrio prejudicados*, erupção cutânea, alopecia (queda de cabelo)*, paladar alterado (alteração do gosto dos alimentos), tinido*, orgasmo anormal (mulheres), retenção urinária (dificuldade para urinar), dispneia (falta de ar)*.
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Tempo de sangramento aumentado*, trombocitopenia (diminuição das plaquetas no sangue)*, hepatite (inflamação do fígado)*, Síndrome da Secreção Inapropriada do Hormônio Antidiurético (SIADH) (alteração na secreção do hormônio ADH)*, acatisia/ inquietação psicomotora*, convulsão, reação maníaca, síndrome neuroléptica maligna*, síndrome da serotonina, incontinência urinária (perda de urina)*.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam cloridrato de venlafaxina):
Anafilaxia (reação alérgica)*, prolongamento do intervalo QT (alteração no eletrocardiograma)*, fibrilação ventricular (tipo de arritmia cardíaca), taquicardia ventricular (incluindo torsade de pointes)*, pancreatite (inflamação do pâncreas)*, alterações nas células do sangue (incluindo agranulocitose, anemia aplástica, neutropenia e pancitopenia)*, prolactina aumentada*, rabdomiólise*, delírio*, presença de movimentos involuntários (incluindo distonia e discinesia)*, eritema multiforme*, síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave)*, prurido (coceira)*, urticária*, glaucoma de ângulo fechado*.
*Reações adversas identificadas durante o uso após aprovação.
Os seguintes sintomas foram relatados em associação com a repentina interrupção ou redução de dose ou retirada de tratamento: hipomania, ansiedade, agitação, nervosismo, confusão, insônia ou outros distúrbios do sono, fadiga (sensação de cansaço), sonolência, parestesia (formigamento), tontura, convulsão, vertigem, cefaleia (dor de cabeça), sintomas semelhantes à febre, tinido, coordenação e equilíbrio prejudicados, tremor, sudorese, boca seca, anorexia, diarreia, náusea e vômito. Em estudos anteriores à comercialização, a maioria das reações à interrupção foi leve e resolvida sem tratamento.
Superdosagem de Cloridrato de venlafaxina
Recomendam-se medidas gerais de suporte e tratamento sintomático, além de monitorização do ritmo cardíaco e dos sinais vitais. Não se recomenda a indução de vômitos quando houver risco de aspiração. Pode haver indicação para lavagem gástrica caso essa lavagem seja realizada logo após a ingestão ou em pacientes sintomáticos. A administração de carvão ativado também pode limitar a absorção do fármaco. É provável que diurese forçada, diálise, hemoperfusão e ex-sanguíneo transfusão não apresentem benefícios. Não são conhecidos antídotos específicos do cloridrato de venlafaxina.
Em caso de uso de grande quantidade de cloridrato de venlafaxina, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula de cloridrato de venlafaxina, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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